A COPA DE 2014 E A RESPONSABILIDADE DOS GOVERNANTES
Como os estádios, em sua maioria, são públicos, e o dinheiro para as obras também, para contratar as obras será preciso ter planos e projetos detalhados, orçamentos, e processo de escolha público e impessoal (chamado de licitação) para contratação, e finalização deste equipamentos esportivos.
Tudo isto já está atrasado, fora do prazo. Preocupação? Não para os governantes. É que um atraso maior fará acontecer uma justificativa legal para se dispensar a licitação – o tal processo público, aberto e impessoal de escolha do realizador da obra.
Assim, por “urgência”, empresas serão escolhidas e contratadas diretamente pelo governante, a preços especiais, também emergenciais, para que se garanta a entrega da obra e a realização do grande evento. Afinal, o compromisso internacional tem que ser cumprido, e não se pode causar frustração popular.
Está tudo assim combinado, conscientemente, ou pela incompetência de organização administrativa!
Algo tem que ser mudado no sistema de responsabilidade pública. As promessas políticas têm que ser acompanhadas pela responsabilidade de sua realização, conforme os projetos e orçamentos pré-determinados. E, se demorar, se não se cumprir, a responsabilidade terá que ser pessoal, daqueles que prometeram, que se comprometeram, e não cumpriram.
A volta da responsabilização pessoal do governante, no âmbito da atividade pública, é fator essencial para sanear as promessas enganosas às custas do nosso bolso, mas certamente com lucros de uns poucos.
Mas sem lei isto é impossível de se exigir e de fazer acontecer!