Abandonado, prédio de futura escola ameaça desabar
Há oito anos abandonado, um prédio de cinco pavimentos ameaça desabar em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O imóvel que já abrigou diversos órgãos públicos, inclusive um posto de atendimento do Detran e o antigo Banco do Estado do Rio de Janeiro, está com a sua estrutura comprometida, com rachaduras e infiltrações. Pedaços da marquise, tijolos e parte da parede do último andar caíram recentemente. No local, desde 2008, existe a previsão de construção de um colégio público que atenderia mais de 3 mil alunos.
O descaso com o imóvel é tamanho que até uma árvore já cresce no último andar. Apesar de vazio, um estacionamento irregular funciona nos fundos do local. Localizado na Avenida Geremário Dantas nº 48, o prédio fica em uma região de grande movimentação e cercada de estabelecimentos comerciais, tendo, inclusive, em sua frente, um ponto de ônibus sempre repleto de estudantes e idosos ameaçados pelas precárias condições.
Quase 3500 m² sem utilização
Em 2008, o Governo estadual apresentou um projeto referente ao imóvel em questão, cuja titularidade (Disposições Gerais, item I.4) da área era denominada como “reforma em uma das unidades da Secretaria de Estado de Educação” para obras de restauração do prédio que abrigaria o Colégio Estadual Geremário Dantas.
A previsão era de que a futura unidade escolar, após a obra, com prazo de conclusão em 300 dias, atendesse aproximadamente 3400 alunos, em três turnos, inclusive com cursos profissionalizantes, salas de aula e administrativas, biblioteca com sala de leitura, laboratório de informática, sala de recursos para alunos portadores de necessidades especiais, refeitória, cozinha e pátio coberto. Mas nada foi feito !
O prédio principal é composto por diversas salas, além de um prédio anexo, uma ampla área de estacionamento e um galpão que poderia ser transformado em auditório ou melhor num teatro para apresentações.
Até agora, o governo estadual parece ainda estar “verificando” quem seria o responsável por todo esse imbróglio.
O bairro com tantas demandas, hoje, assiste estupefato o descaso com a educação e com o cotidiano das pessoas ameaçadas pelo abandono do imóvel.
Será preciso uma tragédia acontecer para que se tome as devidas providências? E as promessas não cumpridas, ficarão restritas somente aos discursos ?