Ainda sobre o preço dos transportes: o Transmetro da Guatemala e de Bogotá
Quanto está custando o modal do BRT chamado de Transmetro nas cidades sulamericanas ? Já sabemos o preço em Quito (o equivalente a R$ 0,75).Agora, o preço nas cidade da Guatemala e de Bogotá.
Na primeira, uma cidade média para os padrões brasileiros, a passagem custa o módico de 1 quétzal, que corresponde a U$ 0,18, equivalente a cerca de R$ 0,85. Já em Bogotá, o famoso Transmetro de lá custa 2/3 de dólar, ou seja, cerca de R$ 1,60.
Subsidiado, é claro. Mas, por que não? A opção pelo BRT é a opção mais fácil e mais barata do que “fazer” metrô.
Lógico que o BRT não tem, nem de longe, a mesma eficiência como transporte de massa. É bom, para cidades médias, pois é um ônibus melhorado, com a sua faixa exclusiva de passagem. Mas para os prefeitos de metrópoles, que querem fazer melhoras “rápidas”, e sem preocupação com o médio prazo, é apenas um bom arremedo. Agora, para quem tiver curiosidade, e não sofrer de inveja aguda, clique aqui para ver o mapa do metrô de Tóquio.
Complementando. Na cidade da Guatemala, o subsídio é no preço e para todos; mas não há categorias de pessoas subsidiadas, como estudantes, idosos, etc. Nem na Colômbia, e ainda não implantaram nenhum tipo de integração do bilhete.
Com a intensa urbanização da zona oeste da cidade, jamais o prefeito Paes deveria optar pelo BRT como “solução” de transporte de massa para aquela região. Trata-se de uma alternativa imediatista e que já apresenta saturação. Faltou coragem política para adotar uma solução de longo prazo.
O transporte subsidiado sempre cairá nos ombros do povo. Por aqui, os idosos não pagam e as crianças no horário escolar também, sem falar no Vale Transporte, entregue pelo empregador. Faltou informar: a-O preço dos combustíveis. b-Quantas linhas são e as distancias em km. c-Quantas pessoas são transportadas diariamente em cada linha do BRT.
Não sei se a questão seria subsidiar o preço da passagem, mas sim quebrar o monopólio existente sobre o serviço, desestatizar o setor, e exonerar impostos.
O preço é exorbitante pois não há concorrência, o prefeito escolhe um empresário específico, que independentemente da qualidade ou preço do serviço, vai continuar com seu mercado garantido contanto que pague pela campanha eleitoral do prefeito. Aos únicos que interessam manter o sistema de concessão são o prefeito e ao Jacob Barata.
Concordo integralmente com o texto:
“Lógico que o BRT não tem, nem de longe, a mesma eficiência como transporte de massa. É bom, para cidades médias, pois é um ônibus melhorado, com a sua faixa exclusiva de passagem. Mas para os prefeitos de metrópoles, que querem fazer melhoras “rápidas”, e sem preocupação com o médio prazo, é apenas um bom arremedo.”
O metrô, sem dúvida nenhuma, é um transporte de massa e uma solução definitiva para a mobilidade urbana, principalmente nos grandes centros urbanos , como o Rio de Janeiro.