Bondes do Rio: espera de 38 anos por sua municipalização
Há 38 anos,à época da criação do Município do Rio de Janeiro, os políticos e governantes de então resolveram não conceder à Cidade todos os bens e patrimônio que seriam dela: o Theatro Municipal, o Maracanã, os estacionamentos nas ruas (já municipalizados) e o bonde de Santa Teresa.
Seguiram-se políticos e governantes que resolveram fechar os olhos para essa questão, inclusive os atuais governos “fraternos” do Estado e do Município do Rio. A responsabilidade por esse serviço público de transporte municipal continua sob a incúria do Estado. Isto desafiando o art. 30, V da Constituição Federal.
Passado um ano da tragédia dos bondes de Santa Teresa, o Governo da Cidade do Rio deveria atuar amais ativamente no sentido de municipalizar e recuperar os serviços do bonde histórico, importante meio de transporte do bairro.
Santa Teresa aguarda a Prefeitura agir. Mas, até quando?
Gente, essa administração não vai agir: não tem o mínimo interesse nem político, nem comercial, nem de responsabilidade de prestar serviços à população — qualquer um que seja. Quase 95% das linhas elétricas e dos trilhos estão lá disponíveis, inclusive uma extensão que leva à montanha, ao Silvestre; está completa, sem uso e se estragando com o passar do tempo. Serão incompetentes, não sabem o que fazer, ou querem alguma coisa de maior impacto, modernosa e cara pacas? Será que é só isso?
Porque competência se adquire facilmente, não falta gente preparada querendo trabalhar e desempregada exatamente por causa de administradores frágeis como esses; saber o que fazer, pô, não se discute pois está na cara; alguma coisa de maior impacto também existe na forma de carros mais confortáveis e menos barulhentos, mas o seu custo deve ser astronômico. Só posso pensar noutro detalhe:
o serviço seria para uma população minúscula, e requereria um certo e determinado cuidado, pois tratam-se de seriços para áreas de alto teor de periculosodade, se é que tal coisa realmente exista, e não apenas o descuido sistemático das administrações com as pessoas, todos nós afinal, que pagamos a sua existência por meio de altíssimos impostos.