Câmara do Rio: sem presença, sem constrangimento
Por uma nova Política Parlamentar na política…
Foto e notícia do jornal mostram, mais uma vez, o plenário da Câmara do Rio vazio no horário de debates e discursos. E, novamente, um jornalista me liga para perguntar quais os vereadores não reeleitos estiveram nesta terça-feira, dia 9, na Câmara para votação.
E, mais uma vez, a mesma resposta de que a sessão havia caído por falta de quórum…
Mas, o que importa para o vereador faltante? Ele bem sabe que pouco importa: os votos dos campeões falam por eles. Há vereadores com mais de 30 mil votos que eu nunca vi abrir a boca em plenário para debater qualquer projeto de lei!
Como diziam meus colegas: “Sonia, o que você está fazendo aqui dentro? Vai prá rua, é na rua que se ganham as eleições…”.
Sem qualquer constrangimento as sessões de votação caem por falta de presença, embora no painel conste um número de presentes suficientes para dar início à sessão.
Mas, como se dá a mágica?
É que se usa do expediente de não se fazer a verificação nominal dos presentes. O vereador da mesa diretora, que preside a sessão, faz uma contagem por bancada, o que permite que não se identifique, nominalmente, quem está ali no momento, e quem não está.
Vai haver votações, ainda? Sim. No dia em que se combinar com “os da base”. Aí todos vão, votam o que foi instruído de votar, sem qualquer debate.
Bom, pelos resultados numéricos do pleito, não são os jornais que têm razão. É o povo, a voz do povo, que continua a dizer que a Câmara não é o local para se debater leis, mas para troca de favores: para se conseguir serviços de rua, com o Prefeito.
Ou seja, cada lâmpada, cada calçada, cada posto, cada emprego, um voto. No momento, na contabilidade estreita da carência de serviços públicos, e da visão de curto prazo, é ainda o que importa.
Então, por que os jornais continuam insistindo na presença, em plenário para debater leis? Que leis? Quem sabe o que a Câmara estará votando? Importa?
É esta a cultura. É ela que precisa mudar. Este é o caminho da nova política que precisa ser recriado e perseguido. É será, por um novo grupo de políticos que irá crescer. Seu começo já começou.
A todos que comentaram este post, o meu muito obrigada. Esclareço ao caro Sérgio que não fui reeleita. Fiquei na 1ª suplência do PV. Mas, garanto que continuarei na luta por uma nova política, já com planos para os próximos “rounds”, para os quais convido a todos os nossos entusiasmados parceiros. SR
Triplos parabéns, Doutora Sonia Rabello.
Parabéns pela sua reeleição, pelo dia dos professores e pela sua presença firme, mesmo diante de um plenário vazio.
Honrar o seu mandato e dar o bom exemplo resultou nesse feito.
Cada um de seus votos valem a honra, o orgulho e a esperança de seus eleitores porque estes votaram com convicção, verdade e liberdade por uma autêntica representatividade de seus desejos na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, os milhares de votos de cabresto foram dados hipócrita e burramente por quem já está encilhado pela ignorância e pelos interesses mesquinhos, por quem nunca percebeu que a honestidade e a decência lhes enriqueceria muito mais, pois estariam recebendo os dividendos do enriquecimento do país, ao invés de partilhar apenas da gorjeta de um esbulho feito ao erário.
Pobres de mente e espírito precisam ser acordados para o valor superior da verdade e da decência, ou pagarão muito mais do que as esmolas recebidas de um espertalhão qualquer.
Acompanho seus passos, Sonia, real representante do povo. Sim esta cultura política precisa mudar. Batalhei como pude para sua reeleição. Tenho esperança que pessoas como você, comprometidas com a vida pública, possam dar o melhor exemplo. Sendo você uma guerreira saberá alcançar outros níveis de conquistas pelo bem comum. O Rio de Janeiro precisa de sua presença efetiva.
Meu abraço afetuoso, martha
Minha Vereadora,
a esperança é a última que morre e tenho esperança de que com a penalização do STF dos maus políticos com o mensalão, muita coisa irá mudar e os novos políticos ou, até mesmo os mais antigos, exercerão seus mandatos com correção, honestidade, lealdade, cumprindo com seus deveres e, nós, eleitores é que devemos cobrar, exigir os nossos direitos e as obrigações deles.
Um grande abraço e felicidades
Dinah
Infelizmente ainda não há uma consciência cidadã de cobrar, ou fiscalizar, ou fazer, realmente parte das mudanças, das sugestões que deveriam ser feitas, levando a até, votar melhor. Enfim, temos que continuar otimistas. Gostaria de colocar que o meu voto foi seu, a partir de eu ter conhecimento do seu Blog, e da sua postura, da sua integridade, pelo Sr. Jorge Teixeira.
Rossana.
Minha cara Sonia,
Graças a Deus , presenciei dois governos sucessivos, cada um com quatro anos de duração, nos quais dois governadores ilibados no antigo Estado da Guanabara, que deu origem à prefeitura do Rio de Janeiro, não negociavam com políticos, sobrava dinheiro (Emissário Submarino de Ipanema, Sistema Guandu de abastecimento de água, 400 escolas, 60 km de redes de Esgotos Sanitários, etc, etc), nos quais os cargos em comissão e de chefia eram ocupados somente com avaliação de seus curriculos e tudo funcionava maravilhosamente bem.
Por isso, tenho a esperança de que um dia tudo mude para melhor e que pessoas honradas passem a ocupar cargos públicos.
Tens razão, vereadora. É preciso acabar com esta cultura do toma lá dá cá, que está minando as esperanças de um país melhor.
Abraço