Clube do América coloca a Tijuca em cheque – Um jogo sem planejamento

Mais um clube falido do Rio coloca em cheque o bairro da Tijuca. Quer que lhe seja dado, de presente, o direito de fazer um shopping em seu enorme terreno no bairro, na Rua Campos Salles. O clube está decadente e deteriorado? Sim

O clube provou que as dezenas de milhares de reais que pleiteia ganhar, de presente, da Câmara de Vereadores do Rio será revertido para o seu proveito e dos seus atletas? A resposta é não !

A conversa é a mesma de sempre; que o complexo de edifício e o shopping a ser negociado no terreno trará muitos empregos e revitalizará a região.

Sobre a inconsistência destes argumentos, usados pelos interessados usuais, através de seus arautos parlamentares, já sabemos a resposta no Brasil que temos hoje. Mesmo assim, é o discurso repetido pelos vereadores do Rio que jogam, despudoradamente, para a plateia ali presente. Afinal, a mendicância de parte dos vereadores (com honrosas e raras exceções) por eventuais votinhos para um futura reeleição é fator obnubilante daquelas mentes legislativas. E fazem isto com proficiência, deve ser reconhecido.

A proposta legislativa, já em 2ª votação, é tão elementar que faria ruborizar o cidadão mediamente esclarecido de qualquer cidade do século XIX. Pretende aplicar ao enorme terreno do Clube América – e só para ele – índices de edificação do centro de bairro!

Com lucidez, o vereador Renato Cinco, questiona, e a consulta à comunidade local através de audiência pública? Houve? Não.

E os Estudos de Impacto de Vizinhança, serão exigidos? Não. Aliás, o corajoso vereador questiona, com razão, se o Parlamento não deveria aprovar a proposta legislativa que regulamenta os Estudos de Impacto de Vizinhança, antes mesmo que apreciar qualquer novo projeto de lei que vise fazer alterações pontuais na lei de uso do solo.

Em resumo; ignorância ou má fé, uma ainda maioria parlamentar na Câmara de Vereadores do Rio, sem qualquer pudor, pretende dar milhares de reais em índices construtivos ao Clube América ou a seus dirigentes, sem qualquer contrapartida para Cidade.

Sem cobranças de impactos viários, ambientais, de infraestruturas de saneamento, áreas livres públicas, entre outros. E, o pior, sem nenhuma garantia de que o dinheiro arrecadado nestas vendas de interesses públicos serão efetivamente revestidas no clube ou em ações sociais do mesmo.

Vimos isto como o Estado do Rio de Janeiro, este o mesmo discurso salvacionista de criar empregos faliu o próprio Estado.

Confira as discussões no plenário da Câmara

Confira as perguntas sem respostas relativas ao projeto de lei

 

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