Entre confetes e serpentinas: as prioridades governamentais

Falta algum tempo para o Carnaval, mas para muitos a folia já começou.  No último dia 24 de novembro, a Riotur ratificou que, em 2016,  o subsídio para as escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio vai dobrar. Uma bagatela que totalizará R$ 24 milhões, sendo R$ 2 milhões para cada agremiação.

Tudo para manter  a “magnitude do espetáculo”, não é? Quanta generosidade ! Para inglês ver?

Tão bom seria se o exemplo do prefeito de Passo Fundo (RS), Luciano Azevedo, em relação aos investimentos carnavalescos fosse seguido também por aqui. No ano passado,  ele simplesmente resolveu cancelar qualquer pagamento para as escolas de samba e decidiu aplicar nas escolas municipais os R$ 400 mil que estavam reservados para o Carnaval. A verba foi direcionada para a compra de aparelhos de ar condicionado.

Evidentemente não trata-se, no Rio, de se chegar a tal extremo, mas o melhor direcionamento da verba pública é mais do que esperado.

E não é só de folia que falamos. Senão vejamos o caso da excelência olímpica.

Faltando pouco mais de seis meses para o início da Olimpíada de 2016, “o governo federal resolveu priorizar o pagamento da obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) do Centro do Rio”. Afinal, promessa é promessa, certo?

A necessidade de conclusão do projeto olímpico é tamanha, que a União está disposta a segurar verbas que seriam destinadas a projetos nacionais de saneamento e habitação para custear a construção do trem urbano !! Vale furar a fila? (Veja mais).

Entre confetes e serpentinas, jogos olímpicos e VLTs, mais uma vez quem samba é a população.

Crise? Que nada…