Cúpula dos Povos: um projeto antecipatório na política
A Rede Global de Educação Ambiental recebeu ontem, dia 18 de junho, a visita de Marina Silva na tenda 17, da Cúpula dos Povos.
Em sua fala, Marina comoveu a plateia, destacando os seguintes pontos:
” Há uma crise no mundo: crise civilizatória, climática, de contaminação de águas, de poluição do ar, mas sobretudo, uma crise política e de valores éticos (…). A política deixou de ter e ser uma visão antecipatória do futuro, e virou uma disputa de poder por poder. (…) É guiada por uma ética de circunstâncias, pela qual as posições e opiniões mudam segundo o momento e as conveniências.(…)”
Nesta linha, “os recursos ambientais, construídos ao longo de milhares de anos, vem sendo destruídos, para o lucro de alguns em apenas algumas décadas. Na Amazônia, 18% da Floresta já foi destruída, mas a região ainda é responsável por 20% da água doce do planeta, que jogada nos oceanos, viabiliza a vida nas águas, equilibrando sua salinidade.”
“O objetivo é construir, na diversidade de olhares, a comunidade do pensamento da sustentabilidade: ética, estética, ambiental, cultural… A ética é a base de tudo.”
“Temos que ser persistentes, buscando o melhor de nós mesmos. Temos que ter posição, sem sermos complacentes com os erros”
“Não podemos, nem queremos baixar as nossas expectativas em relação ao futuro. O Rio +20 tem que ser um Rio +Compromissos. Não com objetivos genéricos, mas com concretização das realizações prometidas, como aquelas que constam do Relatório do PNUMA, e que não foram cumpridas”.
“O objetivo é discutir a substância da economia, e não a cor da economia, e termos compromisso com a política de longo prazo, dentro do curto prazo dos mandatos dos políticos”.
Uma agenda de respeito, em cujo centro estão os valores éticos, e o compromisso com nossas posições nas políticas públicas.