Desespero ou torpeza social a tentativa de reativar a Audiência Pública para o Autódromo “fake” de Deodoro?

Na tarde desta segunda-feira, dia 16, o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) do Estado do Rio de Janeiro voltou a publicar em seu site o edital da Audiência Pública para prosseguir, de qualquer maneira, com o licenciamento do Autódromo fake de Deodoro.

No último sábado, dia 14, havia suspendido a reunião em obediência ao Decreto nº 46.970 do Governo do Estado que fala em emergência de Saúde Pública no Estado, e determina, dentre outras medidas, a suspensão de eventos e reuniões que envolvam aglomeração de pessoas, as aulas, bares, cinemas, teatros,  entre outros, e recomenda o trabalho remoto dos servidores públicos. (Veja abaixo as partes mais importantes do decreto)

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Hoje, a notícia acima de suspensão da Audiência Pública sumiu do site do INEA, ao mesmo tempo que voltou ao site a notícia da marcação da Audiência para quarta-feira, dia 18.

Este vai e vem fez com que o Ministério Público Estadual mandasse para o INEA uma recomendação para que voltasse a suspender a tal Audiência até esta terça-feira, dia 17, às 13 hrs. (Confira a a carta do MPE)

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E por que “eles” fazem isto?

Eles sabem que iniciar a dizimação da Floresta de Camboatá é essencial para engambelarem os promotores da F1, de que o Autódromo vai ser construído aqui no Rio. Se perderem o contrato da F1, perdem o pretexto do Autódromo e, com ele, o enorme negócio imobiliário na área, que inclui a privatização de 40% da área pública federal.

Mas, apesar de completamente estupefatos com esta atitude do INEA e/ou de seus dirigentes, ou do seu Conselho, vemos um outro lado desta atitude institucional;fica desmascarado que tudo isto está sendo gerado e impulsionado pela ganância dos negócios, talvez justificada por interesses inconfessáveis de autoridades municipal, estadual e federal no sentido de apressar a dizimação da Floresta de Camboatá, passando por cima de tudo e todos.

A tentativa de voltar a realizar esta Audiência é a prova mais cabal disto. Agora à tarde (16), provavelmente após receber a recomendação do MPE, o INEA voltou a publicar no seu site a suspensão da AP, publicação esta com a data desta segunda-feira, dia 16, e não mais do dia 14, data da publicação original da suspensão.

Torpeza social ou desespero para licenciar o Autódromo fake a qualquer custo?

Será que já não é o tempo dos dirigentes destas instituições responderem, pessoalmente, junto à Justiça, por atos que gerem, neste momento, aflição social e irresponsabilidade ambiental?

Não será o momento deste escândalo ser denunciado internacionalmente?

O tempo salvará nossa Floresta de Camboatá, através da famigerada pandemia do Coronavírus?