Em defesa da Baía de Guanabara
As promessas de despoluição da Baía para os Jogos Olímpicos não foram cumpridas e a oportunidade histórica de deixar algum legado para as cidades do entorno e cercanias parece ainda uma longe realidade.
Com o objetivo de mobilizar as forças da cidadania para que se cumpram as medidas necessárias para fazer com que um dos maiores símbolos do Rio de Janeiro volte a ser um espaço vivo, foi realizada, no fim do mês de maio, a primeira reunião de construção de uma campanha em Defesa da Baía de Guanabara.
Confiram o que foi apresentado no encontro.
1) Decidiu-se aprovar que o nome da iniciativa se chamará “Baía Viva”, retomando a memória do movimento do qual fez parte Elmo Amador (inclusive, consultando sua família sobre a utilização do nome).
2) Sobre a estética da campanha, aprovado seguir na mesma linha apresentada para o cartaz de divulgação da plenária, mas incorporando o aspecto humano.
3) Estabelecimento de três iniciativas centrais para dar início à campanha:
– Manifesto com os pontos consensuais (abaixo),
– Campanha de comunicação e uma barqueata às vésperas do evento teste da vela em agosto. Para cada um desses temas aprovou-se uma comissão:
Comissão de conteúdo: Alexandre, Daniela, Felipe e Sebastião
Comissão de Comunicação: Álvaro, Luis Felipe, Rafael e Felipe
Comissão Barqueata (indicativo de 8 de junho): Álvaro, Carlos, Isabel, Douglas
4) Aprovou-se alguns eixos para que a campanha reivindique e que a comissão de conteúdo vai ter que lapidar, são eles:
a) Cumprimento imediato do Plano de Despoluição da Baía de Guanabara. Saneamento Já.
b) Zoneamento econômico e ecológico das atividades socioeconômicas na Baía de Guanabara, limites à ampliação da indústria petrolífera, das áreas de fundeio e estaleiros e ampliação das áreas de pesca
c) valorização e apoio às comunidades pesqueiras e seus saberes, catadores de caranguejos e marisqueiras;
d) Recuperação da vida (flora e fauna) estuarina e marinha. Defesa dos mangues, florestas, golfinhos, aves, cavalos marinhos…
e) Estímulo ao sentimento de pertencimento à Baía nas populações de seu entorno;
f) Estímulo e estruturação dos esportes náuticos, ampliação das políticas e acessos públicos ao mar;
g) Interrupção dos processos de aterramento da Baía
h) Política de resíduos sólidos e chorume que poupe a Baía de poluição por este tipo de descarte
i) Transparência e controle social sobre os processos de licenciamento de empreendimentos na Baía e ampliação da capacidade de fiscalização sobre os empreendimentos em funcionamento;
j) Transparência e controle social sobre a CEDAE
A próxima reunião será realizada no dia 11 de junho, às 18 horas, no Sindicato dos Jornalistas.
Trabalho com projetos de revitalização da pesca artesanal e seu território, alguns deles na Baia de Guanabara. Gostaria de apoiar este movimento e participar das reuniões.
Parabéns!
Angela Marquardt
Sonia, sabemos que o assunto é vasto, e os 10 ítens citados acima não abordam algumas vocações
importantes da Baía. Uma delas, indiscutivelmente é o turismo. Além das belezas naturais, temos alí, além dos
fortes da entrada, a Ilha de Bom Jesus, com os pavilhões que abrigaram os inválidos da Guerra do Paraguai.
Tudo isto é patrimônio a ser defendido pela ONG. Abraço