Fundão sem infraestrutura por falta de planejamento urbano: história que se repete
Noticiado nesta semana que o Parque Tecnológico do Fundão/UFRJ, onde se pretende localizar empresas de tecnologia de ponta, tem graves problemas de infraestrutura que embarreiram o próprio desenvolvimento tecnológico!
A notícia corrobora a verdade sobre os megaprojetos sem planejamento adequado, frutos de sonhos bons, mas descolados da nossa realidade. O Parque Tecnológico do Fundão – UFRJ parece ter caído neste buraco negro das obras inacabadas brasileiras.
Isso, após os seus 10 anos de gestação, quando as dificuldades de infraestrutura já deveriam estar superadas; infraestrutura básica, que vai da simples segurança do campus até as comunicações de telefonia, passando pela famigerada dificuldade de transporte público.
Com ênfase na falta de planejamento, que se revela na falta de implantação desta infraestrutura básica ora denunciada, vale destacar aí duas histórias em relação a este projeto e ao campus da UFRJ. A primeira diz respeito à implantação do Centro Tecnológico (CE) da GE, na fantástica área da chamada Ilha de Bom Jesus, e que foi objeto de repetidas matérias neste blog.
Para implantação do CE/GE, a Prefeitura do Rio, desconsiderando a falta de infraestrutura da área, a comprou da União, através do Exército, 47 mil m² de terras (quase cinco hectares), que “doou”, por concessão real de uso, por 100 anos àquela empresa americana (50 anos renovável por + 50 anos). Além do “incentivo” desta “doação”, houve outros incentivos à esta “pobre” empresa americana, (uma das patrocinadoras das Olimpíadas), como isenção de impostos municipais e estaduais.
A empresa teria como seu encargo, em contrapartida pelas benesses recebidas, a óbvia construção do seu centro tecnológico, no valor mínimo de 500 milhões, para seu próprio proveito técnico. Claro, pois seria evidente doar terrenos públicos, e dar benefícios para nada!
Para viabilizar esta construção, a Prefeitura fez aprovar uma lei especial de ocupação urbanística para área, área esta que antes não edificável. E, para completar, a Secretaria de Meio Ambiente autorizou o corte de quase 500 espécies vegetais! E ainda chamavam o local de “distrito verde”. Só pode ser ironia com o povo!
E agora vemos que a área não era infra-estruturada, nem mesmo para a área original do Centro Tecnológico da UFRJ!! O que pensar, então, da infraestrutura inexistente na Ilha de Bom Jesus, que fica fora da área do CT da UFRJ!
Mega construções sem infraestrutura urbana resultam no caos para a cidade, que já vive o seu caos. Tudo autorizado pela Prefeitura, na sua ganância por projetos sem planejamento adequado!
A segunda história desta falta de planejamento diz respeito à reunião que presenciei, como vereadora, na Câmara Municipal do Rio. Esta, fica para ser publicada em breve… Não percam a segunda parte.
O meu comentário pouco poderia acrescentar ao conteúdo.coisa de interesse. Presto contudo respeito a Sua Excelência pelo motivado interesse por uma área de largo interesse para a causa nacional..A área foi objeto do meu interesse em outra ocasião, daí ter estudado as sua possibilidades e tenho acompanhado no noticiário sob a precariedade de sua rotina diária. Aquela área vai, segundo a minha opinião, sofrer uma larga transformação em futuro próximo e a GE se instala em seu centro. REsta saber se será em nosso proveito.