Implodindo o Rio. Quem deterá?
Três notícias, para mim, impactantes, após a maratona cívica que resultou na reviravolta da questão do pseudo- projeto aprovado da Marina da Glória.
A primeira: a Câmara dos Vereadores rejeitou o projeto de tombamento do Quartel General da Polícia Militar da Evaristo da Veiga e, com certeza, o Governo do Estado, através do seu mandatário chefe, mandará demolir – implodir – este patrimônio da história da Cidade. Com isso, ele entrará para a história do Rio como um dos destruidores do patrimônio do Rio juntamente com o General que concordou em implodir o Palácio Monroe nos tristes tempos da ditadura militar. Os vereadores ao não aprovarem o tombamento compactuaram com esta decisão. Mas, como fica a lei que preserva o patrimônio construído na cidade anterior à 1934? Será que o Conselho de Patrimônio Cultural foi ouvido? Concordou?
A segunda: O Maracanã e o complexo do Júlio Delamare e Célio de Barros, este últimos também vítimas da fúria de implosões do mandatário mór do Estado( ao contrário do que foi feito em Roma, não se põe fogo, só se implode, sob os auspícios da lei), deverão sofrer modificações, após obra bilionária, para se ajustar às exigências do COI/Olimpíadas! Confira a notícia.
Isso não é mais surreal, é vergonhoso, para um país que se diz em um “estado de Direito” e que os mandatários teriam um controle real, através de instituições como os Tribunais de Contas, o Judiciário e o controle parlamentar de responsabilidade política!
A terceira: O que pode ser a luz no final do túnel. A notícia de que em uma ação promovida pelo bravo Ministério Público, o Juízo teria aceito o pedido para que a Prefeitura do Rio, filha do furor implosivo do Estado, preste informações adequadas antes de colocar abaixo o patrimônio viário do Rio – a Perimetral.
Chegamos então ao ponto: será um Juiz de Direito quem terá que decidir paralisar que o Rio seja literalmente implodido?
A destruição do Palacio Monroe foi por vingança e recalque,o QG da PM o Governador quer destruir um patrimonio histórico localisado no centro do Rio de Janeiro ao lado de uma maravilha chamado (ARCOS DA LAPA) Pergunto qual a opinião de um historiador cultural Sr Sergio Cabral (pai do distruidor) Governador Sergio Cabral Filho. Qual será a sua opinião?
O Palácio Monroe foi destruído pelo Presidente Geisel por ódio, vingança e recalque do arquiteto e engenheiro militar, Coronel de Sousa Aguiar que não deu-lhe a tal promoção que almejava. A Globo fez a sua parte com a sua imprensa marrom. E o afamado arquiteto Lúcio Costa que fez o movimento aos seus iguais em que a maioria dos profissionais foram contra, para a sua total destruição. Tanto o Prefeito Eduardo Paes e o Governador Sérgio Cabral Filho não fogem a regra por destilarem um ódio colossal com a história e a cultura patrimonial da Cidade e do Rio de Janeiro. assim, como Nero fez em Roma com a grande biblioteca. Mas a história fará a sua parte, que é esquecê-los o mais rápido possível.
São muitos os canalhas gananciosos, que a população escolhe como representante por vários motivos, sendo o mais importante o impacto repetitivo das propagandas eleitorais, e assim a cidade vai se tornando o retrato fiel da ignorância e da bestialidade ensandecida de gente que se candidata ao poder público somente para manipular e encher seus bolsos de dinheiro com as velhas propinas tão comuns nesse arremedo de nação. Felizmente, ainda existem pessoas capazes de se colocarem contra os crimes praticados por essa gente, em tempos que ser honesto tornou-se elogio e não normalidade.
Finalmente o Ministério Público aparece, contrariamente ao IPHAN que se omitiu em relação ao Mosteiro de São Bento.
Esperemos que se impeça definitivamente essa loucura.
Depois do e-mail que recebi do Prefeito, dizendo que o Erário Público não gastaria nada pois se tratava da maior PPP do Brasil, agora o Prefeito mentiroso admite que a Prefeitura irá arcar com as despesas da demolição do trecho da Perimetral entre a Praça Mauá e o Aeroporto. Quanto custará a nós essa dmolição e a cnstrução do novo túnel? Certamente mais de um bilhão.