Leis urbanísticas do Rio: queremos conhecer para discutir!
Você sabia que a Prefeitura do Rio está preparando um super pacote legislativo que pode alterar toda a estrutura urbanística da Cidade ? Pois é …
No início deste mês, na última reunião do Conselho de Política Urbana do Município (COMPUR), foi apresentado pela secretária de Urbanismo a proposta de encaminhamento à Câmara dos seguintes macro projetos legislativos:
– Nova lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS);
– Nova Lei de Parcelamento do Solo (LPS);
– Novo Código de Licenciamento e Fiscalização de Obras Públicas e privadas (CLFOPP) e
– Novo Código de Obras e Edificações (COE).
Essas leis estariam sendo encaminhadas para a Câmara de Vereadores, no último dia 13, sem que houvesse audiências públicas, no âmbito do Executivo, para discuti-las mais amplamente.
Até o momento não há sequer publicação das propostas dos anteprojetos no portal da Prefeitura para recebimento de sugestões ou discussão com setores técnicos e acadêmicos da sociedade.
Talvez nem mesmo o Conselho do Prefeito, cognominado de Conselho da Cidade saiba disso. Claro que algum setor bastante interessado deva estar sabendo de tudo. Só ele!
Os presentes à reunião foram unânimes em afirmar que precisavam de maior discussão popular.
Um participante informou-me que Regina Chiaradia, presidente da AMAB (Associação de Moradores de Botafogo) teria conseguido o compromisso da secretária de Urbanismo de formar de grupos para discussão das leis antes do envio a Câmara, pois os presentes verbalizaram que as audiências públicas na Câmara não conseguem sistematizar as propostas e inserir no corpo do texto de forma eficiente.
Ficaram de enviar o convite por email para essas reuniões, mas, até o momento, não recebemos notícias dessa marcação. Pelo que foi entendido seria criado um grupo para cada uma das propostas legislativas.
Falou-se também da questão do encaminhamento como leis, ou fazer-se apenas uma regulamentação, via decreto, o que gerou protestos por parte dos representantes populares, pois o decreto não permite participação popular.
Nesse caso, parece que as propostas legislativas trariam apenas conceitos e diretrizes e os decretos é que posteriormente iriam regulamentar os índices urbanísticos, após a aprovação das leis.
Tudo a conferir, depois que for publicizado os ante-projetos, para que tenham a devida discussão e participação da sociedade interessada !
Assim esperamos que aconteça, em obediência ao Estatuto da Cidade, e para que as políticas públicas da cidade comecem a ter um procedimento transparente.
Antes tarde do que nunca!
Cara Sonia,
Estamos de olho, sabemos muito bem a quem interessam esses novos parâmetros !
Abraços,
Alexandre Antunes
Presidente do Conselho
ASSUMA.
O Ex Secretario Municipal de Urbanismo, Sérgio Dias, numa conversa sobre o novo PEU da Ilha do Governador, me informou sobre isso, más quê “NÃO FICASSE ALARMADO, POIS ANTES DE ENCAMINHAR A PROPOSTA, REALISARIA UMA REUNIÃO COM AS LIDERANCAS COMUNITARIAS, E VEREADORES, PARA APRIMORAR O PROJETO”?!?!?!
Toda essa situação e muito complexa pois quase sempre quando se faz,
algum movimento nunca da em nada.
Francisco: temos que continuar tentando, sempre.