Maracanã: futuro incerto de um patrimônio público cultural da Cidade do Rio

Quem será o dono do nosso estádio do Rio, do Brasil? Algum sujeito privado? As discussões a respeito estão rolando…

Antes mesmo de terminar sua bilionária e questionável “reforma”, exigida pelas entidades internacionais que dominam o futebol das nações, já se caminha, a passos largos, de passar este patrimônio público para as mãos de uma empresa privada.

Certamente, será usado a famigerada neo expressão – “parceria público-privada”- , para este contrato de entrega deste bem público a um particular.

O Maracanã foi construído com dinheiro do povo, na década de 50, e sem dúvida nenhuma é o mais expressivo bem cultural deste esporte símbolo da Nação brasileira.

Foi reformado várias vezes, e agora, mais uma vez ao custo de cerca de R$ 1 bilhão. Não foi colocado na referência de pontos culturais do Rio, como paisagem cultural da humanidade certamente por vergonha institucional de se ter permitido destruir suas características arquitetônicas mais marcantes, e que justificavam sua funcionalidade de uso popular.

Mas esse estádio do povo é, sem dúvida, um marco histórico e cultural da Cidade do Rio.

Já passa da hora do acerto de contas: Municipalização do Maracanã já ! Esta é a nossa bandeira.

Ou o Prefeito do Rio acha que a Cidade não merece o seu Estádio, símbolo do futebol brasileiro e mundial? Qual dos candidatos assumirá esse compromisso?

Como o Maracanã saiu das mãos de seu verdadeiro dono, a cidade e o povo do Rio, e do Brasil?

O Maracanã só não foi transferido para o patrimônio da Cidade (ele pertence ao Estado do Rio) por fruto do egoísmo patrimonial que imperou no período da fusão (1973/1974), quando foi criado o Município do Rio de Janeiro.

O patrimônio da Cidade ficou à mercê da vontade exclusiva e pessoal do governador interventor de então. E, então, o Estado ficou com ele, assim como ficou com o Teatro Municipal da Cidade, com estacionamentos e milhares de outros bens que deveriam pertencer historicamente à cidade.

Isso faz quase quarenta anos. Está na hora deste acerto de contas do Estado com a Cidade. Ou não há parceria para tanto?

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