O outro lado do Carnaval do Rio
A euforia dos carnavalescos no Rio contrasta com as dificuldades de mobilidade na Cidade, disponibilidade de água, necessidade de silêncio e momentos de tranquilidade de cidadãos que precisam dormir para poderem trabalhar no dia seguinte.
Moradores das redondezas do Sambódromo já estão ressentindo, nesta segunda-feira, os efeitos da noite não dormida por conta dos altíssimos índices de barulho provocados pelos ensaios antecipados no local.
Os ensaios de blocos também provocam dificuldades de locomoção para quem necessita trabalhar na Cidade do Rio. O trabalhador sofre com as festas contínuas. Tudo por conta da opção, feita não sei por quem, de que o Rio só sobreviverá caso se entregue, perdida e desmedidamente, ao circuitos de megaeventos e festas contínuas e intermináveis.
Só falta esperar passar o Carnaval para então ser anunciado, depois do aniversário de 450 anos da Cidade, o plano de contingência, urgente, para evitar a completa falta de água e de energia! Claro, antes da folia carnavalesca, quem ousaria?
Portuguese
Infelizmente não tenho esperanças de que acabem as euforias carnavalescas. Pelo menos aqui no bairro da Glória, principalmente na Praça Paris e no Parque do Flamengo, onde grupos resolveram tomar o que é público de particular e estão O ANO INTEIRO a fazer ensaios que chegam a ultrapassar as 22h, e a guarda municipal da Praça Paris não faz nada… e desconfio que a prefeitura até apoia este tipo de bagunça e falta de respeito. http://youtu.be/9jKGcKreQD4
Por sua beleza natural exuberante, pelo clima e amabilidade de sua população, o Rio de Janeiro poderia de fato ser uma das capitais mundiais de eventos e todos os tipos de festas, mas com a falta de planejamento, organização e um mínimo de estrutura, é uma irresponsabilidade completa por parte dos governos municipal e estadual permitir que “essa bola de neve” continue e crescer desordenadamente.