Pela preservação da Ilha de Bom Jesus
Na tarde de ontem, dia 5 de agosto, estive na Ilha de Bom Jesus, na Ilha do Governador, onde conversei com moradores da região e participei das comemorações antecipadas pelos 308 anos da Igreja de Bom Jesus da Coluna, completados hoje.
Lá, ratifiquei a necessidade de darmos prosseguimento à luta pela preservação daquelas terras públicas que pertencem à população do Rio de Janeiro e que, atualmente, estão envolvidas no polêmico objetivo da Prefeitura em comprar do Exército uma área equivalente a 47 mil m2 da Ilha de Bom Jesus para doá-los, gratuitamente, por um século (!), à multinacionais.
Os moradores da Ilha estão preocupados e indignados não apenas com a perda de suas casas, mas também com a destruição de uma área ecologicamente preservada há mais de 100 anos, com a pretendida implantação das empresas.
A área cedida já está sendo cercada, e a “promessa” é de corte de centenas de árvores, inclusive de pau-brasil, nativas da região. Tudo isso com o falso nome de “Distrito Verde”. (Veja mais
A Igreja de Bom Jesus da Coluna
A igreja constitui-se no remanescente de um convento que a Ordem dos Franciscanos ali edificou em 1705. No século XIX, o Príncipe-Regente D. João, devoto de São Francisco de Assis, por diversas vezes esteve na ilha, realizando as suas devoções na igreja. Mais tarde, as dependências do convento funcionaram como hospital.
No contexto da Guerra da Tríplice Aliança, por determinação pessoal do Imperador Pedro IIl, inspirado no Hotel des Invalides em Paris, a partir de 1868, foram transformadas por decreto em Asilo para os Inválidos da Pátria.
O Asilo funcionou até 1976, tendo recebido militares, doentes e mutilados, que combateram não apenas naquele conflito, mas posteriormente na repressão de duas insurreições internas, a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1937, encontra-se classificada como Patrimônio Cultural do Brasil.
Olá Sonia Rabello,
permita-me sugerir-lhes que corram ao Instituto Histórico e Geográfico a pedir-lhes auxílio e ajuda na tarefa inglória de manter a área da Ilha de Bom Jesus intacta: não foi pra albergar cias estrangeiras, alheias aos nossos costumes, crensas e tradições, que Dom Pedro II se deu ao trabalho de construir o Asilo de Inválidos, com o seu magnífico pomar, que hoje protege e agasalha uma imensa colônia de aves da fauna local, já expulsos de outros locais das vizinhanças.
Que será que quererão fazer conosco depois dessa devastação?
Qualquer ajuda seja de onde for é bem vinda.
Boa sorte em suas demarches.
Geraldo
Para esclarecer aos menos atentos, a reunião daquele sábado não teve cunho político e em nenhum momento foi ventilada a campanha da Vereadora Sonia Rabello. Também não houve promessa de campanha, mas sim uma apresentação de uma situação que a maioria dos moradores da Ilha do Bom Jesus encontravam-se totalmente alienados acerca da transação feita entre Exército, Prefeitura, SPU e GE.
A ação popular não possui cunho político e o Autor sou eu, que resolvi pagar o preço pela pela defesa do patrimônio público, diferentemente da maioria dos moradores da IBJ, que frequentaram churrascos e foram seduzidos por sorrisos e tapinha nas costas para desocuparem os PNRs e ainda aceitaram esmolas da GE na Festa Junina.
Perdoem-me a sinceridade.
Politicamente apoio a Vereadora Sonia Rabello, pois não precisa provar a ninguém sua dignidade, lisura e correição em todas as suas atitudes e movimentações em defesa da “coisa pública”, incluindo um patrimônio da Ilha do Bom Jesus, que diferentemente do clã “BOLSONARO”, só passa aqui e nas outras vilas militares para pedir voto. Lembrando que seu caçulinha, Vereador Carlos Bolsonaro, votou a favor da doação de parte da IBJ para a miserável multinacional GE, enquanto seus eleitores militares estão sendo despejados, não sendo sequer ventilada a possibilidade daquele “clã” intervir na solução do problema da IBJ.
Abs.
gostaria que tudo que foi dito na reunião não ficasse como promessa de campanha e sim um início de uma luta pelos direitos de cidadãos que temos, direito de cobrar por todas as impunidades, todas as falcatruas que assolam o nosso país sem que nada aconteça, onde a impunidade reina, estamos de olho.
A reunião em si não foi campanha, mas trabalho, que começou muitos meses antes desta reunião, durante o nosso mandato. Obrigada pela participação
Vereadora , participei no ultimo dia 4 da reunião na IBJ e fiquei muito animado e esperançoso com suas palavras , moro nesta ilha desde 1978 (hoje tenho 42 anos ) e tenho acompanhado todo o abandono desta area linda e preservada que a sra. pode ver pessoalmente , realmente é uma pena oque estão querendo fazer com ela , não temos a quem recorrer ou pedir ajuda e vejo na sra. a ultima esperança de conseguimos alguma vitória . O meu pedido é para que a sra. não desista e nos ajude . Pode contar com meu total apoio e admiração. grande abraço.