Perimetral: MP notifica Prefeitura e interdição é adiada
Após o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ter notificado o município do Rio e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (CDURP) para que o Elevado da Perimetral não seja demolido até o cumprimento integral de importantes cláusulas de acordo que prevê medidas para amenizar impactos no trânsito, firmado perante o MPRJ e homologado pela 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, a Prefeitura anunciou nesta quinta-feira, dia 17, o adiamento da interdição em definitivo do trecho do Elevado da Perimetral entre o Caju e a Praça Mauá.
O fechamento está previsto agora para o dia 26 de outubro, mas vai depender de uma série de testes operacionais a serem realizados nos próximos dias.
Plano de Mitigação – De acordo com a notificação, as obrigações não cumpridas dizem respeito à aplicação do Plano de Mitigação para amenizar os impactos negativos na mobilidade urbana em razão da demolição.
Dentre os descumprimentos, o MPRJ ressaltou a existência, por exemplo, das seguintes omissões que prejudicam a avaliação e futura aplicação do plano: caracterização e diagnóstico da situação atual dos principais corredores viários da Região Metropolitana de acesso à área central, por meio de contagens periódicas, tempo de engarrafamento e extensão do engarrafamento; e a caracterização e diagnóstico da situação atual dos sistemas de transporte público (trens, barcas e metrô), por meio de indicadores de conforto tempo e taxa de ocupação.
Segundo o MPRJ, a meta de eficiência do plano também foi prejudicada pela ausência de comparação da capacidade da futura Via Binária e demais vias da região com o fluxo de veículos atual (Elevado da Perimetral e Avenida Rodrigues Alves), o que, pelo acordo, permitiria verificar não só o real comprometimento da capacidade viária como o quantitativo de usuários de automóvel que deveriam migrar, de forma orientada e planejada, para outros meios de transporte.
Omissões e inconsistências
Apesar do anúncio e da recente adoção de medidas como o aumento da oferta de barcas, da restrição ao estacionamento de veículos na área central e da inversão do fluxo de vias, o MPRJ aponta que, pela magnitude e abrangência dos impactos do projeto “Porto Maravilha”, não só as ações previstas, como não previstas, precisam ser estudadas, simuladas, divulgadas e postas em prática, previamente, para garantir o menor impacto possível na mobilidade urbana da população da Região Metropolitana.
Diante da constatação dessas omissões e inconsistências, o MPRJ determinou, até a correção e complementação do Plano de Mitigação, a manutenção do Elevado da Perimetral. E também requisitou a apresentação e identificação dos integrantes da equipe técnica responsável por cada estudo que compõe o plano; as cópias das licenças e autorizações obtidas para a demolição da Perimetral; e a apresentação dos documentos que garantam a aplicação das medidas mitigadoras alcançadas perante outros entes, órgãos e entidades.
Foi uma atitude sensata adiar por uma semana, já que na próxima semana vão acontecer vários eventos.
Covo o novo terminal de barcas de Arariboia, leilão do pré-sal, e também a pedido do MP.
Assim mais pessoas, e principalmente os motoristas, lógico os interessados, ficarão sabendo o que muda.
De qq forma no dia 28, vai ter gente perguntando, mudou? mudou porque? e agora o que eu faço? etc,etc.
A verdade é que ninguém se interessa, não vê os jornais da TV ou ouve no rádio, ler então, é um sacrifício.
Não à demolição da Perimetral!
Gostaria de expressar minha indignação com relação a esse ato insensato de demolir um viaduto sólido, que serve para escoar o tráfego que é ruim no Rio de Janeiro unicamente com o objetivo de satisfazer a vaidade do prefeito.
Construir hospitais e escolas, conservar, reformar, isto sim. Demolir a Perimetral,, NÃO!!!