QUEM GANHA COM AS LIBERAÇÕES ILEGAIS NO RIO ?
Na semana passada tivemos a notícia de que o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) , pela sua Superintendência no Rio, havia embargado o uso do Parque do Flamengo, unidade de conservação ambiental tombado, como base operacional de uma corrida de aviões, a Red Bull Air Race.
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O dano ao Parque era óbvio; as fotos deste blog mostram isto. No entanto, após algumas conversações, e uma divulgação na mídia sobre o embargo, tivemos a notícia esperada: houve a liberação (…) sob condição da devolução do Parque ao estado anterior, e umas propagandas sobre preservação!
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Após esta figuração institucional ficamos sem saber; foi legal a liberação ? Se havia dano ao patrimônio cultural, e o fato era irreversível, porque esta irrisória compensação institucional para o Parque?
Após esta figuração institucional ficamos sem saber; foi legal a liberação ? Se havia dano ao patrimônio cultural, e o fato era irreversível, porque esta irrisória compensação institucional para o Parque?
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O uso privado do espaco público por investidores gera evidentes lucros para empresários. Dizem os promotores do evento, que ele será transmitido (televisionados e vendidos) a mais de 180 países. Um ganho privado, com uso e dano ao patrimonio público.
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Assim, fica a perplexidade de sempre: primeiro se ameaça proibir e, depois se libera. Resta perguntar, especialmente em tempos atuais, quem ganha com isto?
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Certamente não foi o patrimônio publico. Custa-se crer na inocência da gratuidade, tanto da Prefeitura quanto do IPHAN. Ou será que se aplicou a máxima: é ilegal, e daí?