Revolução em Medellín – 3ª Parte
Não há, no momento, foco na melhoria das moradias privadas. Elas continuam precárias, com telhados muitas vezes sustentados por pedras e tijolos, mas servidas de água, esgoto, telefonia, internet, limpeza e iluminação públicas, e vias para mobilidade. Com isto, são bairros urbanos.
Além disto, o projeto de melhoria estabelece sempre a necessidade de colocar como centro de lazer comunitário em uma biblioteca dotada de espaços multimídias, espaços de recreação, espaços de criação, de modo a incentivar o acesso à educação e à cultura. Tudo público, aberto e coletivo.
b) O outro foco da intervenção pública na cidade é nos logradouros públicos, para circulação de pedestres. Há uma nítida opção urbanística, em toda cidade, de conservar as calçadas, onde circulam a maioria dos cidadãos. Para tanto fizeram aprovar um “Manual de Conservação Urbana” que diz como fazer estes serviços, suas medidas, seu material, a forma de impedir o acesso de veículos nas calçadas, a forma de passagem pelas garagens. Como tudo é padronizado, é mais de se manter conservado. Até os postes de luz têm posição correta, de modo a não obstaculizar o trânsito de pedestres. Além disto, a iluminação pública dá preferência em iluminar as calçadas, e não os a circulação de veículos!
Ainda assim…, talvez pelo excesso de ocupação, de densidade, e de impermeabilidade causada no solo pelas construções, as enchentes são atualmente fonte de desastres urbanos. Veja a manchete do jornal, de terça, 30/11, e das novas enchentes no Município de Bello, conurbado com Medellin, em 8/12/2010.(link)