Quem presenciou a audiência pública sobre a Transcarioca – o corredor viário de BRT que ligará a Barra de Tijuca ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim – que aconteceu no Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2 de junho de 2011, constatou a grandiosidade do empreendimento.
Orçada em R$ 1,500 bilhões, financiados pelo BNDES: a Transcarioca terá uma extensão total de 39 km. As obras foram iniciadas em março deste ano e têm seu término previsto para dezembro de 2013. Para que seja realizada a contento, serão necessárias cerca de 3500 unidades desapropriações.
Entre as questões surgidas após a apresentação do gerente de obras de Vias Especiais, Eduardo Fagundes Carvalho, cumpre registrar a sugestão de um dos presentes: a elaboração de uma cartilha informativa sobre os danos morais relativos às desapropriações, já que esta é uma das maiores preocupações de centenas de moradores das áreas que já estão sofrendo com os impactos das obras.
De fato, considerada como um dos maiores projetos urbanos do Rio, preparatório para a Copa de 2014, a Transcarioca já desapropriou cerca de 700 residências. Dezenas já foram demolidas.
Muitas famílias foram reassentadas em Cosmos, na Zona Oeste, num conjunto habitacional financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
A insatisfação, entretanto, integra o cotidiano de muitos moradores da região do Campinho, por exemplo, e que há décadas tinham a posse dos imóveis, mas não o registro de propriedade.
Segundo a defensora pública do Núcleo Terras e Habitação, Roberta Fraenkel, as famílias cujas moradias estão sendo desapropriadas estão insatisfeitas e resistem em deixá-las. “Acontece que, muitas vezes, elas [as famílias] acabam vencidas pela pressão do Poder Público. Temos relatos de moradores já reassentados em Cosmos, que têm suas casas com paredes rachadas e são obrigados a conviver com a milícia nos condomínios”, afirmou.
Além disso, as obras têm trazido transtornos para os moradores de Jacarepaguá, já que o trabalho em pleno horário de rush provoca engarrafamentos que se estendem por quilômetros. Tudo isso sem contar o barulho das máquinas e a poeira incessante.
É preciso planejamento e, principalmente, transparência em todo o processo. Afinal de contas, essa obra monumental implica em danos também grandiosos, cujo conhecimento não deve ser sonegado da sociedade civil.
Triste cena a da foto: um sobrado do inicio do século XX, tombado pelo município, e depois destombado, para em seguida ser posto abaixo para dar lugar à Transcarioca. Eu pergunto: se esse mesmo sobrado se localizasse em qualquer bairro da Zona Sul ele teria sido derrubado? Outra: o que o bairro de campinho ganhou com essa perda de patrimônio cultural?
ESSE BRT VAI PASSAR EM VIAS QUE ESTAO CHEIAS DE RESIDENCIAS …
DENTRO DELAS NAO EXISTEM PORCOS????…SE FOSSE NA SUA CASA PASSAR BEM NO MEIO DA SUA SALA EU QUERIA VER….
VAI CUIDAR DO POVO E DEIXA OS JOGOS PARA QUEM PODE…..
vc não deve estar bem para escrever um artigo com todas essas bobagens sobre o transcarioca. Estou certo de que vc pensa assim porque não tem um filho ou parente que esteja na rota das desapropriações, já procurou ver o valor das migalhas que estão sendo oferecidos aos expropriados ? A população de rua vai aumentar muito. Afinal para que vc foi eleita ? Defenda o seu povo dessa barbaridade. Sabia que 83% das desapropriações efetuadas até agora foram parar no judiciário. Como vc pode estar feliz com isso?