Trens no Rio: promessas e transtornos sucessivos

Contínuas paralisações nos ramais ferroviários que atendem a população trabalhadora da Zona Oeste e da Baixada Fluminense e promessas de que o tumultuado cenário diário vai melhorar. Os discursos se renovam há anos e ocupam as manchetes dos noticiários. Mas, do outro lado, milhares de passageiros são hostilizados pela falta de estrutura e o cumprimento de ações efetivas.

Nesta segunda-feira, dia 11, mais uma vez, um problema no sistema de sinalização da SuperVia, no pátio da Central do Brasil, deixou os intervalos de todos os ramais da malha ferroviária irregulares. Passageiros tiveram que aguardar por quase uma hora, uma vez que os trens dependiam de liberação para circular.

Em nota, a concessionária confirmou o problema e disse que “os passageiros foram informados sobre o ocorrido por meio sistema de áudio dos trens e das estações”. Mas, e aí ?

Atrasos pela segunda semana consecutiva

Na última semana, um trem ficou parado na Estação Anchieta, correspondente ao ramal Japeri. A falta de regularidade no tempo das viagens foi justificada pela “Operação Portas Fechadas, em Deodoro. Já no dia 4 deste mês, foi a vez de um trem do ramal Japeri apresentar defeito no pantógrafo, equipamento que faz a ligação entre a composição e a rede aérea, na Estação São Cristóvão.

Além disso, uma outra composição, desta vez no ramal Deodoro teve problemas na tração quando passava pela estação São Francisco Xavier, no sentido Central do Brasil. Tudo isso em poucos dias…

Até quando ? – Desde 1998, a SuperVia opera o serviço de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio. Por que ainda não tivemos uma melhora de forma significativa? Uma concessão dada por 50 anos! A “homeopatia” das soluções ainda deixa muito a desejar.

Sob a responsabilidade do Estado e de sua concessionária, os trens urbanos, diuturnamente, têm obrigado os usuários ao extremo de andarem sobre os trilhos quando apresentam falhas mecânicas, os sujeitam a temperaturas altíssimas dentro dos velhos vagões, aos repetidos atrasos e ao descumprimento de promessas cujas ações efetivas são, quando cumpridas, feitas a conta gotas !

Uma situação inaceitável e que reflete a má gestão dos servições públicos através da concessionária privada – a Supervia, leia-se Odebrecht.

Quantas vezes ainda será preciso contar com a sorte e não ficar no meio do caminho, completamente na mão ?

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

pt_BRPortuguese
pt_BRPortuguese