Cine Leblon x Unidos da Tijuca: tratamento desigual
Por que o prefeito da Cidade se compromete, pessoalmente, em alterar a decisão de um Conselho de Preservação que administra, para “salvar” uma atividade artística no Leblon, e permite que uma das melhores e maiores escolas de samba do Rio seja desalojada para dar lugar às torres de um mega empresário imobiliário americano?
A notícia,nesta terça-feira, na mídia, revela o tratamento desigual e sem qualquer comprometimento com o planejamento urbano e, em especial, com a preservação do patrimônio cultural da Cidade.
O despejo da Escola de Samba Unidos da Tijuca, da Zona Portuária, para dar lugar às milionárias “Trump Towers”, sob os auspícios da Prefeitura e da Caixa Econômica Federal, é um escárnio feito às nossas tradições e ao título de paisagem cultural dado pela Unesco à Cidade. As torres contribuirão enormemente para a obstrução da visão do cenário da paisagem do Rio.
Enquanto isso, sob o pretexto – ineficaz – de “salvar” as atividades do Cine Leblon, anuncia-se o destombamento do prédio, criando-se um gravíssimo precedente na política de preservação da Cidade.
Tudo caminha para o descaminho urbanístico na Cidade. E o “rei” do Rio não está sendo justo porque age sem equanimidade. E, como disse um cronista, “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.
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Olá Sonia,
Creio que o nosso prefeito atua como um Deus. As suas atitudes são sempre sábias, não necessitando se guiar pelas leis, nem observar a avaliação feita pelo Conselho do Patrimônio, como no caso do cinema Leblon. Considera-se maravilhoso, portanto temos de acatar suas decisões despóticas.Agindo dessa maneira ,de forma onipotente, acaba trazendo consequências graves para a população. Não tem a menor consciência ambiental e nem preza a população no que se refere aos seus direitos de ter sossego. O Rio que ele planeja passar para o mundo é de que aqui é só festa, de modo que as suas secretarias não precisam atuar no sentido de promover a ordem e a qualidade de vida. Isso é o que temos vivido no Leblon e em outros bairros.. Ele se esquece que o sossego da Gávea Pequena vai acabar e aí, então, passará a sentir uma pessoa como nós.
Marbel klein.