Leme Rio: arquivado projeto do Exército em área ambiental

Forte do Leme, 2011: o prefeito Paes envia à Câmara Municipal um projeto de lei específico, para estabelecer índices urbanísticos que permitiriam ao Exército construir um conjunto de prédios dentro do Forte do Leme, área limítrofe da zona de preservação ambiental.

Fui a única vereadora então que reagiu ao privilégio urbanístico solicitado, usando a via legislativa. Além dos meus pronunciamentos em plenário, dei publicidade, no meu blog, da proposição absurda de se construir prédios dentro de uma área pública de uso especial, em um bairro saturado como o Leme, cujo Plano de Estruturação Urbana ainda não foi nem discutido com a população! (Leia mais)

Pois bem: agora, após dois anos de tramitação, o prefeito da Cidade pediu o arquivamento do projeto.  Melhor assim.

E é bom que a população, não só deste bairro, saiba disso, mas também todos que lutam contra os projetos do Executivo que insistem em sobrecarregar e privatizar áreas públicas.

Agora, ali mesmo no Leme, sai o projeto de prédios e entra o projeto da Companhia Aérea do Pão de Açúcar de expandir pelos ares Uma nova linha do bondinho, sobrecarregando o bairro residencial.  Ganância sem fim!

O Exército já vendeu, só nos últimos dois anos, inúmeras áreas públicas federais no Rio, especialmente áreas de preservação.  As mais escandalosas para mim são: parte da Ilha de Bom Jesus, no Fundão, que a Prefeitura passou graciosamente às mãos da General Electric por 100 anos, e a área de mata atlântica de Deodoro – área esta minada, e proposta a ser desmatada – para construir aí, com dinheiro público, o um autódromo.

Tudo sem limites, no banco imobiliário jogado pelo Prefeito no Rio.