Pela manutenção do Autódromo de Jacarepaguá

O grupo “SOS Autódromo de Jacarepaguá”  realizou, no fim da manhã de hoje,  uma manifestação em frente ao Fórum, no Centro do Rio, em apoio ao Ministério Público quanto à manutenção do Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da Cidade.

A Prefeitura planeja transferir o Autódromo (pronto) de Jacarepaguá para o bairro de Deodoro, em uma área de Mata Atlântica. (Leia mais)

Os manifestantes argumentaram que, para a construção do novo autódromo, o gasto seria entre cinco a seis vezes maior do que a reforma do atual.

O presidente da Associação de Pilotos e Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, Anderson Mesquita, destacou os custos do novo projeto.

“A construção do autódromo em Deodoro custará cerca de R$ 400 milhões, enquanto na reforma do de Jacarepaguá a Prefeitura investiria R$ 50 milhões. Temos que apoiar o Ministério Público na sua ação contra essa demolição criminosa”, explicou.

Presente à manifestação, André Buriti, um dos organizadores do movimento, destacou a falta de infraestrutura na localização escolhida para o novo autódromo.

Segundo ele, os eventos de automobilismo e o motociclismo exigem uma rede hoteleira, facilidade de locomoção e agilidade para remoção de motoristas acidentados.

“O que queremos é que o Ministério Público aceite nosso pedido de revisão da proposta de transferência do autódromo. Ainda dá tempo para reverter”, disse.

Autódromo de Deodoro – A retirada do Autódromo do Rio da área pública original da Barra/Jacarepaguá foi uma decisão do governo para destiná-la ao chamado Parque Olímpico, que, ao fim e ao cabo, ocupará apenas 30% dela, sendo que os 70% restantes serão destinados ao mercado imobiliário.

Em Deodoro, a área destinada ao autódromo fica em um terreno utilizado no treinamento de selva dos militares, inclusive com a presença de minas terrestres que, recentemente, mataram um soldado.

O terreno tem bioma de mata atlântica e toda a fauna e flora do local ficaria ameaçada com a mudança.