Petição: segurança já para os Paiter Surui

Indígenas da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, de Cacoal, a 476 KM de Porto Velho, pretendem levantar 10 mil assinaturas para uma petição destinada ao Ministério da Justiça, Funai e Polícia Civil, solicitando que sejam tomadas providências contra ameaças de morte feitas a lideranças dos suruís por madeireiros que têm invadido e ocupado a TI, extraindo madeira e ameaçando a vida dos indígenas que se opõem à presença e às ações deles.

O líder Almir Suruí, personalidade internacional, conhecido pela luta em defesa da terra do seu povo, conta com uma escolta da Polícia e mesmo assim continua sendo ameaçado. A mulher de Almir, Neide Bandeira, uma das fundadoras e conselheira da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e ativista da causa indígena, também está sofrendo ameaças, a exemplo de outras lideranças.

Recentemente, Almir Suruí fez uma denúncia ao Ministério Público Federal. As ameaças são constantes segundo o líder indígena. Ele informa que o problema teve início em 2009, quando lideranças das 27 aldeias da região proibiram o acesso de madeireiras na TI. No final do ano passado um pequeno grupo indígena foi aliciado para permitir a extração ilegal de madeira na reserva.

Em janeiro deste ano, as ameaças se intensificaram depois que algumas madeireiras que haviam sido fechadas em novembrio de 2011 conseguiram liminar para retornar as atividades.

A reserva indígena Suruí tem 250 mil hectares, conseguiu certificação internacional para vender crédito de carbono, sistema em que uma empresa ou país com alto índice de poluição poderá compensar suas emissões de carbono comprando créditos de quem conserva a floresta. O projeto prevê lucro aos Suruís de R$ 2 milhões por ano sem derrubar a mata.

Para assinar a petição clique aqui.

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