Poluição sonora no Rio: goleada sobre a população
Muita gente se queixando de festas que perturbam vizinhanças inteiras. Mas as reclamações caem no mais completo vazio. A cidade sente-se órfã pela inoperância de uma má gestão. Recebi, recentemente, relatos de locais alugados inclusive a estrangeiros que vieram ao Brasil agindo de forma que não costumam fazer em seus países. Verdadeiros tormentos para os moradores, sobretudo em bairros da Zona Sul. Muitos locais residenciais usados para eventos, sem falar no caos que se tornou Copacabana.
Vejam o relato dramático
“Música ao vivo de 10h às 3h da manhã. … São três festas pelo menos por semana.Com uma pessoa doente em casa, fui até lá e lhes disse que dava 15 minutos para acabarem com o barulho ( uma banda da ao vivo com amplificação no jardim) ou todos nós iríamos para a Delegacia da Gávea junto com a polícia. Eles me ofereceram uma compensação e uma noite em um hotel no data de uma grande festa que planejam para o dia 12 de julho. Claro que não aceitei e lhes perguntei se teriam coragem de fazer isto em Paris. Consegui que levassem a banda para a parte interna da casa;, mas o alto volume continuou. Ligar para Polícia ou para o Tele Ordem da Prefeitura tem sido atividade quase cotidiana, embora sem resultados…”
A tipificação de uma infração ambiental e urbanística. É passível de multa e registro policial por infração por crime ambiental. Mas, na cidade que pretende ser “maravilhosa” a estrutura administrativa para o cumprimento da lei é nenhuma.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente não foi dotada de servidores para esta tarefa que é de rotina e deveria não depender do prefeito de plantão. Por que será?
São as estruturas permanentes do serviço público que garantem a qualidade de vida na cidade e um cenário compatível com o mínimo de conforto ambiental. E a poluição sonora é um grave defeito do Rio; porém o próprio poder público continua permitindo que isso ocorra.
No Parque do Flamengo, as festas com som altíssimo correm soltas nesta área pública sob os auspícios da Administração municipal. Agora, não só a noite, mas durante o dia também!
Por isso é no mínimo incompreensível que esta o Rio, com tantos descumprimentos ambientais e desprezo dos governantes por dotarem a Secretaria de Meio Ambiente de um serviço contínuo de fiscalização de leis, tenha um governante presidente do grupo de prefeitos da C40 ,em Nova York, fazendo pose de líder ambiental internacional.
Só pode ser deboche com a população, Pior do que o 7 x 1!
Assistam ao vídeo do uso desordenado no Parque do Flamengo/Marina da Glória: o retorno da caos na área pública:
A Subprefeitura e a Administração Regional da Tijuca autorizam e apoiam as badernas que infernizam a vida de moradores, não só no carnaval, mas em finais de semana durante o ano, e o Club Municipal vive promovendo bailes sem isolamento acústico, que vão até a madrugada. As reclamações pelo 1746 não são repassadas, ou não têm resposta, e são encerradas como se tivessem sido atendidas.
Concordo absolutamente com o que está redigido e posso testemunhar sobre a inoperância do órgão fiscal que exige que o denunciante marque o dia e a hora exata para que ocorra a fiscalização. Não existe nenhuma estrutura de plantão para gerar flagrantes aos abusos. Vivo em frente ao Hotel Santa Teresa e sou sistematicamente perturbado pelo ruído de festas que promovem e todas as reclamações caem no vazio. Como a municipalidade não se organiza para coibir os abusos, os mesmos prosperam de irrefreável e desesperante para os cidadãos. O recurso de registrar queixa na delegacia implicam em um enorme dispêndio de tempo para dar seguimento no JECRIM, as sucessivas audiências de conciliação que ao final premiam o infrator com o pagamento de uma prenda a uma instituição social. Neste sentido o crime compensa muito.
Na Rocinha, infelizmente ,mesmo com a criação da UPP, muitos moradores nem tem direito ao seu silêncio noturno. Na região da Via Ápia ocorre na rua aos finais de semana um baile funk e mesmo prefeitura e PM sabendo do problema não tomam providências.
Assino em baixo, concordando plenamente.
Outro problema e talvez o grande causador dessa “zona” toda, é o uso indevido das calçadas em frente aos mafuás, com toldos, mesas, cadeiras, frangueiras, churrasqueiras, etc, etc, etc. Que além de tudo empurram, as pessoas para andar na rua, se arriscando a serem atropeladas, e quando “reclamam”, recebem a resposta, que os “incomodados que se mudem”. Nota-se uma certa má vontade da SEOP em fiscalizar, já que leis para coibir os abusos já existem a muito tempo.