Prefeito do Rio pretende definir parâmetros edilícios para parque público!

Parque do Flamengo, Marina da Glória:

Nesta quarta-feira, dia 3, o prefeito do Rio publicou mais um decreto criando uma Comissão com competências, digamos, esdrúxulas, e que indicam que, no mínimo, não se interessou em mandar estudar minimamente a situação. E aí, mais uma vez, materializou o que vem sendo uma característica de sua administração: ações rápidas e mal feitas. E dane-se o futuro.

Vejamos o decreto do prefeito:

Duas das três competências da referida Comissão seria a de definir “parâmetros edilícios e paisagísticos (…), [ bem como] parâmetros de uso e ocupação da Marina da Gloria, que deem viabilidade ao empreendimento”… 

Ora, prefeito, a área da Marina da Glória integra uma área maior – o Parque do Flamengo -, bem de uso comum do povo, com projeto paisagístico, e de uso e ocupação já definidos no projeto Reidy – cujo conteúdo de programa de uso e ocupação é objeto de tombado pelo IPHAN a nível federal!

Portanto, é de elementar compreensão que uma comissão não pode definir parâmetros edilícios e paisagísticos, nem de uso e ocupação para um parque público, indivisível e juridicamente afetado ao uso comum do povo!

Parâmetros de uso e ocupação só podem ser definidos por lei, para áreas urbanizáveis, parceladas; e só estas área privadas, urbanizáveis é que podem ser objeto de “empreendimento”!  

O Parque do Flamengo, e sua área Marina da Glória, não é um empreendimento. É um parque público. Será que é tão difícil entender essa situação jurídica e pública? 

A terceira competência da tal Comissão seria definir um “termo de referência para a promoção de concurso público internacional de arquitetura para a Marina“.  Para o interferir no projeto tombado do Reidy?!  É mesmo de arrepiar.  (Aliás, concursos públicos internacionais, que escritórios estrangeiros sempre ganham, é um ótimo pretexto para exportação de divisas. Ou não?)

Vige para a área da Marina da Glória um contrato entre o Município e uma empresa privada para administrar as instalações da marina (não é um empreendimento!).

Há fortíssimos indícios de graves descumprimentos de obrigações contratuais, inclusive de obras irregulares já confirmadas pela Justiça Federal, e retirada de vegetação do Parque, conservação inadequada da área pública, uso inadequado para eventos incompatíveis com a náutica e com o Parque.

Cabe à Prefeitura não devanear, mas cumprir sua obrigação de fiscalizar o rigoroso cumprimento as obrigações contratuais e, se for o caso, rescindir o contrato por descumprimento de obrigações, assumindo a restauração e conservação daquela área, para devolvê-la, corretamente, ao uso público da população carioca.

Sem tergiversões. Com mais competência administrativa e menos enganação!

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4 Resultados

  1. sonia
    esta administração ” corou de êxito” o que começou com o prefeito anterior. A concessão para a Orla Rio se tronar a intermediária entre a prefeitura, O cartel das Cias ligadas à bebidas e refrigerantes e congêneres, de alimentos, etc. Modificaram o projeto original, cobram uma barbaridade de ” aluguel” ( era em torno de 7 mil reais, há anos atrás e nos de madeira, r$ 4 000,00m não realizaram dentro do cronograma as obras, culpavam as “quiosqueiros” que lutavam por permanecer em seus locais de trabalho ( ok que era um permissão precária), este por sua vez se organizaram em cooperativa, foram para a Justiça e o que se ouvia que o João Barreto, presidente da Orla Rio ” comprava, vereadores, juízes com malas 007- coisa mais antiga- já que partiram para cueca e meias!
    Antes pagava-se direto a Prefeitura. a partir de 2000, virou jogo todo, mas era um plano ambicioso. Nunca fizeram estudo topográfico, para estudo da viabilidade de uso so solo, já que no projeto original, a cozinha, banheiros e depósitos ficariam abaixo do nível do mar.
    Conseguiram uma decisão judicial estranha para praia de Copacabana e a orla Rio foi impedida de continuar o projeto em Ipanema e Leblon,
    A publicidade que se vê nos tetos dos quiosques ´paga, mas os quiosqueiros não ganham nenhum percentual sobre a verba que a Orla Rio recebe das empresas que alocam o espaço e ainda fica por conta deles o pagamento da luz para iluminar a publicidade dos outros. Eu mesma ouvi de um diretor da Bhrama que a prai er deles e aí avançaram em cima e por cima dos chamados ” barraqueiros “. O atual prefeito Eduardo Paes recebeu e assinou o documento onde fazíamos uma série de observações e apontávamos as irregularidades nestas obras na praia ( patrimônio cultural do povo, da união). assinou e deve ter jogado no lixo .Com resposta ” entregou para a tal empresa Orla Rio os postos Salva Vidas, A Cooperativa Orla Legal era é e considerada um pedra no sapato deles ou no calçadão solto, enquanto vão vendendo em muitos mil dólares o direito de exploração dos espaços. já vi até ” posto de agência de banco”, publicidade de Tv, de jornal. Me colocaram para fora a verdadeira ocupante, enquanto estava num hospital, o despejo foi em nome de meu marido ( desaparecido) e que não constava nem na conta da Light ou da CEDAE. Pior continuaram usando meu nome enquanto faziam a obra ” pelo progresso da cidade, da saúde da população”! Onde podemos encontrar qual o repasse para prefeitura, qual o benefício para a cidade com a nova gestão que não pudéssemos fazer melhor e com maior transparência?

  2. Eduardo Paes se afigura como inimigo público da lei e da moral. Deve-se denu8nciar ao IFHN e MP, para barrar esta escrescência

  3. Cara Sonia,
    Parabéns por mais um texto esclarecedor. Vou divulgá-lo em breve. A intenção pode ser apresentar um projeto de lei. E a luta continuará na Câmara… Ab.
    Andréa

  4. ELISA FONTES disse:

    Cara Sonia Rabello,

    Não consigo compreender que uma pessoa no cargo de prefeito, não tenha ou não queira, ter conhecimento da legislação do lugar onde atua. O Eduardo Paes vive, literalmente, “à dar tiros no próprio pé” todos os dias. A cada dia, insurge nos miolos dele uma sandice, que não é controlada nem com RIVOTRIL.
    NINGUÉM aguenta mais!!!!!!!!
    Elisa Fontes

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