Quito: registros da eleição municipal de 2014

Estive em Quito nesta última semana para um trabalho na área de desenvolvimento urbano e habitação. Por isso, reparto aqui com os leitores algumas impressões sobre a cidade e a região.

Primeiramente, registro que, no domingo, dia 23, foi dia de eleições municipais em todo o Equador. Mas, em Quito, o que me surpreendeu foi que quase não se notava que era dia de uma escolha tão importante. Salvo algum cartaz muito esporádico fixado em algum prédio, não se via na cidade e em suas vias públicas, de modo geral, qualquer propaganda eleitoral ou cavaletes de candidatos.

As ruas estavam limpas, pois não se via também, no dia da eleição e mesmo nos dias que a antecederam, panfletagem ou bandeiras!  Para qualquer estrangeiro que estivesse na cidade, pela limpeza observada, a eleição poderia passar despercebida.  Registre-se ainda que, a partir de sábado, era proibida a venda de bebidas alcoólicas no país.

A única sensação estranha, não condizente ao meu ver com a equidade da disputa, aconteceu também no último sábado. O atual presidente do Equador – Rafael Correa – falou em uma “sabatina”, no rádio, por quase três horas seguidas.

Já estava proibida qualquer manifestação dos candidatos; ele, o presidente, não era candidato, óbvio. Mas, durante a referida exposição, falou muito sobre a prefeitura de Quito, sobretudo sobre tudo de bom que estava acontecendo na cidade.  

Queria reeleger seu candidato, o atual prefeito Augusto Barrera.  Parece que não adiantou – a oposição venceu nas três maiores cidades do Equador: Quito, Guayaquil e Cuenca.

Venceu a democracia e a limpeza na Cidade durante as eleições. Um bom exemplo para nosotros

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