Sítios arqueológicos no Porto do Rio: revelados, enterrados ou implodidos?
Pouco sabemos, ainda, sobre essa riqueza nessa área do Rio.
Inesperado? Não para todos. O Banco Central do Brasil, que constrói na área, sabe que em seu terreno foi achado importante sítio arqueológico, que ainda não foi revelado ao público.
A existência do sítio arqueológico no terreno do Banco Central não foi nem mesmo esclarecido ao vereadores do Rio.
Estes, os vereadores, acabaram por aprovar, ontem, para o local, lei especial para o Banco, permitindo que o prédio que está sendo construindo no local fosse excetuado da regra geral de altura, estabelecida para todos os demais. (Confira aqui)
A regra geral foi estabelecida há anos, em função do projeto SAGAS, para preservação do local! Uma ironia…
Porém, novos atores entram em ação. Encaminhamos, por ofício nosso, a matéria ao Ministério Público Federal. E, ontem, ao mesmo tempo que se aprovava, na Câmara do Rio, a benesse ao construtor – Banco Central – se abria, no MPF um inquérito para se apurar o assunto.
Hoje, pelos jornais, por coincidência, é anunciado o início das implosões, nessa mesma área do Porto do Rio, pelo Consórcio Porto Novo, empreiteira encarregada das perfurações para o questionável túnel do binário, para viabilizar a também questionável demolição da Perimetral. (Veja aqui)
Será que as anunciadas implosões levarão consigo nosso patrimônio arqueológico? Quem tem esta preciosa informação?
O Rio pode ter sua história revelada no Porto do Rio. História que mostra como e porque esta cidade se tornou a capital de referência no País.
Será que esta história vai ser revelada, como em Roma, ou será enterrada ou implodida para sempre? Quem são os responsáveis?